quinta-feira, 8 de julho de 2010

Geyse A(who?)da! Mulheres do nosso Brasil.

O que leva a mídia a engrandecer a imagem de uma garota que, inocentemente, foi para a faculdade com um vestido curto? Será isso só no Brasil, que garotas ficam famosas por usarem roupas curtas, por mostrarem o corpo, por terem bunda e peitos grandes ou por cantarem músicas com letras que não agregam valor algum?

Provavelmente não, esse tipo de coisa pode e deve ocorrer em qualquer lugar. Talvez seja uma questão de cultura...? Se esta fosse uma possível resposta, consideraria sem sentido. Pois uma cultura desse tipo, nada mais passa do que por ignorante, pobre. São pessoas como estas que denigrem a imagem da mulher brasileira.

De mulher melância à mulher melão, mulher filé, mulher 'etc' e Stefany do Cross Fox. Mas em 2009 a maior descoberta dos últimos tempos...Geisy Arruda!!!

   Raaaw

Está aí um ícone que nos possibilita refletir o nível cultural das pessoas. O caso Geisy nada mais mostra do que a mídia cumprindo muito bem seu trabalho de idiotização em massa. A polêmica do vestido curto envolvento a atual ex estudante de turismo da Uniban, foi um prato cheio para o povo, pois o que a grande maioria quer e gosta, é o tal do barraco.

A pobre vítima não se calou após a poeira baixar. Já que estava sendo tão requisitada pela mídia, não perdeu a oportunidade de fazer seu pé de meia. E é tanto talento que falta espaço para a bela (,a feia).

Desde seu surgimento, já são muitas as peripécias armadas pela moça. Ela é a protagonista do clipe Regininha, do grupo Inimigos da HP, no qual atua como uma piriguete. Será mesmo que ela precisou atuar? Piri pipiri...

Mas, para mim, a notícia mais bombástica foi saber o quanto ela se acha parecida com Lady Gaga.

"Nós somos parecidas, eu me identifico muito com ela. Somos loiras, lindas e polêmicas. Antes das plásticas eu já me achava linda e poderosa. Os retoques só aumentaram essa segurança."


Não...me recuso a acreditar que ela teve a discrepância de dizer tal coisa. Lady Gaga? Claro.

Meninas, essa vocês vão adorar. Geyse ataca no mundo da moda, ela lançou a linha de vestidos Rosa Divino. Não dá para perder, não é? Corram e comprem já os seus. (Free merchandising)

E não para por aí não. A lindinha arranjou um namorado fazendeiro no quadro Vai dar Namoro, do programa Melhor do Brasil, da Record. Mas o lindo romance já encerrou.

''Nós terminamos por causa do ciúme dele, e no momento não penso em voltar porque sei que é um traço de sua personalidade, bem difícil de mudar. Não estou chateada, e provavelmente nem ele, sei que está saindo bastante em Minas Gerais.''

Hm, interesting. Nada mais brega do que arranjar namorado em programa de tv. Será mesmo que este era seu real interesse?

Mas Geisy é uma menina muito persistente, ainda há muito espaço para seus sonhos. E um dos mais insanos até agora é o de ser atriz.

''O que eu quero mesmo é ser atriz, estou fazendo curso de teatro, me preparando para isso. Quem sabe não rola uma oportunidade?''

Realmente, quem sabe NÃO rola uma oportunidade. Não me surpreenderei se ela aparecer em uma novelinha de alguma emissora. Ou se algum disco entitulado Geisy Pink, A funkeira, ou qualquer coisa do gênero, surgir de repente.

Termino esta matéria com uma foto da dita cuja, na qual percebe-se facilmente o quanto ela é parecida com Lady Gaga. Foto a qual eu intitulei: Dona Baratinha, O retorno.

   Geisy colocando as 'asinhas'? de fora durante 'ensaio', com cenário super 'gramuroso', composto por uma parede branca, com fita isolante colada na mesma

E a saga continua. (Infelizmente)

Quem sabe nossa querida Lady Geisy não venha a ser a personalidade mais influente do mundo? Igualando-se, assim, à Lady Gaga?

sábado, 3 de julho de 2010

Nem o tempo muda Parte 3/3

Jennifer estava deitada em sua cama sobre seus lençois vinho de seda, em concha com Genevive, sua gata persa de pelos brancos lustrosos. Seu quarto era pura classe, tinha um toque certo de simplicidade, e também um toque retrô. A parede atrás da cabeceira apresentava auto relevo, coberta por um vivo tom de vinho. Logo a frente, não muito longe dos pés da cama ficava sua tão estimada e antiga penteadeira, a qual Jennifer passava horas e horas se admirando.
- Ai Genevive, - suspirou enquanto alisava a gata. - vou te confessar  uma coisa... - Jen observou Genevive. - você acredita que eu acordei pensando nele hoje? É tão injusto não sermos capazes de controlar nossa mente, não é? - A gata permaneceu imóvel, dormindo, deliciada com os carinhos de sua dona. - Não arrume um gato Vi, ele provavelmente fará com que você se sinta e pense coisas patéticas. - Levantou-se da cama e foi em direção ao banheiro. - Vou tomar um banho meu amorzinho, hoje a noite promete. - Disse animada. A festa livraria sua mente de Eric, ela sabia.

- Diana Sanchez?
- Confirmado, Sr. Meinerz.
- Lena Reed?
- Acabei de falar com ela, o evento está confirmadíssimo, acontecerá na semana que vem.
- Eric...você está me surpreendendo. - Disse entrelaçando as mãos e apoiando os cotovelos na mesa. - Realmente acertei em contratar você meu rapaz. - Ele ofereceu a Eric um sorriso, que demostrava a imensa simpatia que sentia por aquele 'garoto' sentado a sua frente, do outro lado da mesa que os dividia.
- É muito bom ouvir isso Sr. Meinerz. Obrigado, e agradeço também pela oportunidade que o senhor me deu. - Ele sorriu de volta.
- Ora, não há o que agradecer. Aliás, se você quer mesmo agradecer apareça hoje lá em casa, convidei alguns amigos e faremos um churrasco. E por falar nisso, - disse, olhando o relógio. - já deveria estar a caminho de casa. Vamos indo. - Levantou-se, em seguida colocou o paletó e pegou a pasta. Eric se levantou também.
- Um churrasco...claro. - Droga, pensou. Ele não queria ver Jennifer em uma ocasião tão social, tão familiar...como nos velhos tempos.
- Faço questão da sua presença, filho. - Colocou uma mão no ombro de Eric enquanto saiam da sala.

Parado na rua em frente àquela elegante casa, Eric tambolirava os dedos no volante. Não vai ser tão ruim assim - disse a sí mesmo -  eu faço um social, confirmo presença e vou embora.

- Harry??? - Jen gritou e se atirou nos braços daquele moreno forte, bonito, de olhos claros.
- Caramba Jen, olha só pra você - se afastou um pouco para olhá-la - você está linda! Aliás, mais ainda...onde eu estava com a cabeça que eu não te pedi em casamento? Jen riu deliciada.
- Ainda há tempo bonitão. - Ela piscou para ele e em seguida apertou seus braços de leve. - E você, Uau!, tá mais forte do que nunca hein. - Jen mostrou-se surpresa.
- Isso tudo pode ser seu meu amor. - Disse fazendo pose de galã enquanto acariciava a rosto de Jen.
- Nossa...olha que assim eu me apaixono hein! -Os dois riram.
De repente o olhar de Jen se encontrou com o de Eric. O que ele estava fazendo ali, dividindo o mesmo espaço, respirando o mesmo ar? Justo hoje?
- Harry, vamos beber alguma coisa! - Ela enganchou seu braço no dele o levando em direção às bebidas.

- Hmmm, papai, eu te amo muito hoje. Vinho francês, e ainda por cima é o meu favorito...- Disse Jen, olhando para o pai, que lá longe assava a carne, e logo em seguida secou a terceira taça. - Meu pai é demais, não é Harry? - Ela virou o rosto para fitar o amigo, ambos estavam na espreguiçadeira, como costumavam fazer quando eram crianças.
- É sim Jen, mas acho que você deve ir devagar nesse vinho, por mais delicioso que esteja.
- Ah tudo bem tio Harry, eu prometo que vou me controlar. - E fez cara de menina obediente.
- Tá bom. - Ele riu. - Vou no banheiro e já volto.
Jen nem sequer respondeu, após largar a taça vazia na mesinha ao centro das duas espreguiçadeiras, ela se recostou, fechou os olhos e relaxou. Por um momento ela esqueceu o movimento de pessoas que havia ao seu redor, das risadas e vozes que se misturavam.
Ele sentou na outra espreguiçadeira, sem fazer barulho. Antes de falar qualquer coisa preferiu comtemplá-la por pelo menos alguns poucos, porém, valiosos segundos. Seu cabelo ruivo, parecia um tom vermelho ainda mais vivo esta noite. Seu semblante calmo, pintado com cores neutras lhe reavivou a memória. Ele voltou alguns anos no passado. Aquele vestido preto, com decote em V permitiu-lhe enxergar a curva de seus seios. O comprimento não passava da coxa, do jeito que ela sempre gostara, e descendo ainda mais os olhos, ele acompanhou seus tornozelos e pés, desnudos e bem cuidados. Seus sapatos de salto, é claro, estavam cuidadosamente ajeitados no chão. Então ele resolveu interromper aquele momento que até então estava muito agradável.
- Fugindo de mim?
Ela abriu os olhos, fitando-o, no mesmo instante. Levou um susto, não esperava ouvir aquela voz naquele momento.
- Continua fugindo de mim?
Jen abriu a boca para responder alguma coisa, qualquer coisa, mas o som não saiu.
- Não precisa ter medo, eu não pretendo te sequestrar e pedir resgate, ou qualquer coisa do tipo. Até mesmo porque nem valeria a pena.
Eles não eram mais adolescentes, ela não cairía nessas briguinhas bobas novamente. Agora ela era uma mulher e sabia exatamente como se controlar.
- Ora, seu idiota, como você...- Ela parou de repente e sentou-se, no mesmo instante em que levantara, ao ver um Harry confuso, que acabara de chegar, parado, olhando para eles.
- É...eu volto em uma outra hora. - Disse Harry desapontado.
- Não é preciso, eu já estava mesmo de saída, pra falar a verdade eu tenho um...outro compromisso. E não quero atrapalhar vocês.- Eric já ia se levantando.
- Mentiroso! Você está mentindo, nem para mentir você serve. Nunca soube mentir.
- Nossa...se você me conhece tanto assim deveria saber quando eu minto e quando falo a verdade. - Eric se sentou novamente, e encarou-a nos olhos. Ele estava começando a ficar irritado, ela pôde ver.
- Eu...vou no banheiro, com licença...- Harry não perdeu tempo, virou-se e começou a andar para longe dali.
- Mas Harry, - Jen virou o rosto para olhá-lo, e o viu já há alguns passos de distância. - você acabou de voltar do ba...
Não houve tempo para completar a frase. Jen sentiu seu rosto ser puxado e sua boca ser invadida. Sentiu fúria naquele gosto, mas ao tempo, amor, um amor descontrolado, sedento. Ela também tinha sede, a mesma que Eric e resolveu corresponder ao beijo, afinal necessitaria de muito esforço para não o fazê-lo. Eric tomou coragem para separar suas bocas. Ele tentou encontrar o olhar de Jennifer, mas ela permaneceu de olhos fechados.
- Jenny...- ele falou colocando as mãos em volta do rosto dela, um pouco ofegante. - eu quero você, eu quero a Jennifer que eu conheci e namorei há anos atrás, sem mais fugas, sem mais distância. - Ela abriu os olhos e encarou-o.
- Eu acredito em você, Eric. - Disse com a voz firme. Eric olhou-a confuso. - Eu acredito que você não me traiu.
Incrível como algumas poucas palavras ditas por ela poderiam inundar-lhe por uma imensa sensação de felicidade. Os olhos dele começaram a brilhar, e não contendo tanta alegria ele abriu um sorriso.
- Nossa Jen, então...
- Massss... - ela disse, desvencilhando-se das mãos dele, delicadamente. - você não pode querer e não pode ter algo que não existe mais. Aquela Jennifer ingênua, que sofria por amor ficou no passado. As pessoas mudam, assim é a vida.
Incrível como algumas poucas palavras ditas por ela poderiam inundar-lhe por uma imensa sensação de decepção. Enquanto fitava-a incrédulo, fazia força para encontrar algo para falar.
- É... você tem mesmo razão quando me chama de idiota. Você teve razão a vida inteira quando insistia em me xingar assim. Porque eu sou mesmo um total idiota. Massss...as pessoas mudam, assim é a vida. - Ele se levantou e lentamente começou a andar de costas, ainda a fitando. Então se virou e tomou o rumo da saída. Dessa vez era pra sempre, decidiu.

Ela ficou ali, sentada, sozinha, suas mãos estavam sobre o colo, imóveis, seu olhar direcionado para o chão, nada captava. Parecia que ela não estava ali naquele momento. Droga. Ele não tinha esse direito, de deixá-la tão confusa.

Eric entrou no carro e bateu a porta. Levou as mãos ao volante, o qual estava praticamente sendo estrangulado por seus dedos. Sentiu os olhos embaçados, e lágrimas lhe escaparam.
- Que ódio...que ódio. - Disse dando um soco no volante e em seguida secou os olhos. - Essa é a última vez que eu choro por você. - Ao terminar de falar isso sentiu seu celular vibrar no bolso.

Jenny:
"Não, eu não tenho razão, não tenho razão alguma. A idiota sou eu. E os idiotas merecem uma segunda chance. Não sou e não voltarei a ser a Jennifer de antes, mas ainda assim eu amo você. Não me deixe."

Após ler a mensagem deixou o celular de lado, e suspirou longamente. Ele tinha duas opções agora. Ir até ela, sentindo-se o maior idiota da face da Terra. Pelo menos assim não perderia seu tão 'reforçado posto'. Ou ir embora e evitar espezinhar e matar seu orgulho.
Eric ligou o carro e esperou alguns momentos. Até que abriu a porta e saiu, em direção à casa.
- Eu odeio você Jennifer, como eu odeio você...

sábado, 19 de junho de 2010

Nem o tempo muda Parte 2/3

A porta automática abriu, e ela entrou, triunfante, esbanjando formosura e classe. Ela estava em perfeita harmonia consigo mesma, desde seu humor a sua roupa. Usava um vestido tomara que caia beje, justo até a cintura, e mais solto, gradativamente, até a altura da coxa, uma meia-calça preta, uma bota de cano curto, com bico arredondado e usava por cima um sobretudo preto, aberto. Seus saltos acariciavam o chão, seu desfile era um show de leveza e elegância e, com certeza, arrancava muitos olhares.
- Muito bom dia pra você Marta! - Disse, tirando os óculos de sol, e curvou os lábios para cima, os quais estavam pintados em um tom de vermelho, cumprimentando a recepcionista.
- Bom dia Jen. Seja bem vinda!
- Obrigada.

Vários cumprimentos foram direcionados a ela, enquanto percorria o caminho para a sala presidencial. Murmúrios e fofocas também não ficaram de fora. Ao abrir a porta logo se deparou com seu pai, sentado, atrás de uma mesa, vestido com um terno, como de costume.
- Bom dia papai! - Sorriu revelando um lindo sorriso e dentes, incrivelmente brancos. Ao chegar até ele, beijou-o na testa, e largou sua bolsa sobre a mesa.
- Oo minha filha, bom dia. - Ele beijou a mão de Jen. - Finalmente você está aqui com outra finalidade, que não vir me visitar. - Sorriu.
- Pois é papai. Aquela menininha cresceu, se formou e agora está na hora de revolucionar a empresa da minha família, ou seja, a minha empresa. Ai papai, você vai ver só, o mundo dos eventos nunca mais será o mesmo. Grave esse nome: Jennifer Meinerz! - Riu animada.
- Ah, mal posso esperar para ver. - Disse, mostrando-se assustado.
- Ai credo, você deveria me dar todo o apoio, isso sim. Bom, mas isso não vem ao caso agora. Vou lá conhecer o mais novo Relações Públicas contratado. Você nem ao menos me informou quem era o tal...descobrirei por mim mesma.- Pegou sua bolsa e, direcionou-se para a saída. - Tchau, meu gatão de meia idade favorito.
- Você nem ao menos se interessou, Jen...- A porta já havia sido fechada.

- Pode entrar. - Ele disse após ouvir leves batidas na porta.
- Com licença, eu sou Jennifer Mei...nerz. - Sua fisionomia sorridente mudou no mesmo instante, estava, agora, visivelmente emburrada.
- Ah, olá Jennifer. - Ele estendeu a mão, dirigindo-se ao encontro dela. - Creio que já nos conhecemos. - Sorriu, inocente. Uau, como sempre, divina, ele pensou.
Ela ignorou seu braço estendido. O fitava, incrédula.
- Eric Davis. - Jen pronunciou seu nome de tal forma que pareceram palavras completamente inúteis.
- Exatamente, acho que você ainda lembra de mim, sua memória não é tão ruim assim.
- Ah, pra falar a verdade minha memória é ótima, principalmente quando se trata de coisas insignificantes, eu faço questão de me lembrar para ficar bem longe, sabe. E por sinal, - checou seu celular. - já está na minha hora. Mas primeiro eu quero saber... porque a empresa do meu pai, onde, você sabe, que eu vou trabalhar de agora em diante? O que você fez para convencer ele a te dar um emprego?
- Ah Jen, não vem com essa, você sabe que o sogrão sempre gostou de mim. Desde a época que a gente namorava. E eu me formei há pouco tempo, seu pai me ofereceu uma oportunidade, principalmente porque ele confia em mim! - Eric se encostou na mesa que estava atrás dele, apoiando as mãos na borda, uma em cada lado do corpo.
Ela precisava de pelo menos alguns segundos, para se concentrar naquele cabelo louro escuro e rebelde, que ela sempre achara super sexy. Aqueles lábios apetitosos que ele possuía, aqueles músculos cobertos por uma camiseta de algodão roxa, e um blazer preto, acompanhados por uma calça jeans preta, e um tênis, também preto, de cano baixo, com o solado branco, o que dava um toque todo especial, um detalhe, em meio a todo aquele preto, que, diga-se de passagem, lhe caía muito bem. Oh meu Deus, como ele era lindo. Que vontade de beijar aqueles lábios...Chega!, ordenou a si mesma.
- Hm. Bom, espero que você não seja incopetente e idiota o suficiente para desperdiçar uma chance dessas e, decepcionar o 'sogrão'. Se você o fizer, admito que não ficarei nem um pouco triste. Até farei uma festa para comemorar, não seria ótimo? - Sorriu, demonstrando um entusiasmo repentino.
Ele a puxou, colando o corpo dela no seu. Deixando suas bocas a milímetros de distância.
- Se essa festa for só entre nós dois, - deslizava suas mãos pelas costas dela. - então seria mesmo ótima. - Levou uma das mãos até sua nuca, enganchou-a nos cabelos de Jen e a beijou, calmamente. Ela se rendeu, o tempo suficiente para sentir o gosto de Eric, e saber que isso a torturaria por alguns minutos, talvez horas...talvez dias.
- Para! - ela o empurrou, se desvencilhando de suas mãos. - Se você acha que vai ficar me usando, como faz com várias outras por aí, está muito enganado, eu não caio mais nessa...você nunca mais vai me enganar! - Gritou a última frase, enquanto sentia o calor de uma lágrima escorrer-lhe pela face. E virou-se para ir embora, o mais rápido possível. Maldita lágrima qua a havia traído.
Ele a olhou atônito e assustado. O ato de segurar o braço dela, foi por puro impulso, nem ao menos teve tempo de pensar.
- Me solta. - Gritou.
- Calma! Vamos conversar. Você não sai daqui enquanto não me explicar toda essa história. Você me acusa de coisas que eu não fiz. Tenho, pelo menos, o direito de saber o porquê!
Ela sabia que não adiantaria gritar, espernear, chorar...Eric não descansaria até ela contar o que ele queria. Desvencilhou o braço das mãos dele. Colocou a bolsa em cima da mesa, sentou em uma poltrona e cruzou as pernas, elegantemente.
- Ok. - Suspirou. - Não vou fugir, quanto mais rápido eu resolver isso, mais rápido eu me livro de você! Bom, há cinco anos atrás, quando eu viajei pra França, te deixando sozinho, desolado, - ela deu uma risadinha irônica. - na verdade eu ia te contar tudo àquela noite, não tive coragem de contar antes, e viajaria no dia seguinte. A princípio eu ia apenas visitar a faculdade, não tinha decidido nada ainda...por você. Mas depois que o Jake me disse que você tinha passado na casa da Giovana, e ficado lá pelo menos algumas horas...eu consegui adiantar o voo. O próprio irmão dela que contou para o Jake. Você não contava que a sua 'incrível queda pela ex-namorada' ia chegar até mim tão rápido, não é mesmo? Ainda bem que o Jake não espalhou essa história pra ninguém. Imagine só, todo mundo ficar sabendo que eu fui traída por aquela sem sal...
- Você é ridícula! Ah, um amigo do conhecido do meu amigo me disse que você iria se jogar da ponte. Mas, infelizmente, eram apenas boatos, porque você está aqui ainda. - Ele se levantou, irritado, passando a mão por entre os cabelos. - E o Jake, - ele riu alto, debochado. - ele simplesmente era doido por você. É claro que não iria te contar que eu fui lá pra ajudar uma amiga, que estava com um problema. A única verdade é que eu traí a minha linda namorada há anos atrás, não é? - Ele se curvou e acariciou o rosto dela, olhando-a nos olhos, que lutavam para segurar lágrimas, ele notou. - A minha linda namorada, que preferiu acreditar em qualquer um e fugir...em vez de falar comigo.
Várias lágrimas percorreram o rosto de Jen. Aquilo era demais pra ela, chorar na frente dele? Não podia estar acontecendo. Ela o empurrou, pegou a bolsa e saiu, batendo a porta.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Nem o tempo muda Parte 1/3


Toc, toc, toc, toc... Mesmo depois de cinco anos ele ainda reconhecia seu andar decidido, aquele ritmo prepotente de seu salto alto, era como se o chão se rendesse para o desfile dela. Alí, encostado no armário da sala de ginástica, e de braços cruzados, apenas esperava ela dobrar o corredor para finalmente reencontrá-la depois de tanto tempo. Da direção que ela vinha apenas havia acesso para o corredor dos armários, que naquele momento encontrava-se vazio, a não ser pela presença dos dois.
Ela parou subitamente e levou a mão ao peito quando deparou-se com a presença dele.
- Caramba, você me assustou!!! - Falou em um tom irritado.
Foi impossível para ele não notar o quanto ela havia mudado, suas curvas estavam mais realçadas, seus cabelos ruivos mais radiantes, desenrolavam-se em largas e bem feitas ondas por suas costas, seu olhar, de um verde vivo e intenso, mais penetrante. E lembrou como ela ficava ainda mais atraente quando, em particular, ele, a deixava irritada.
- Sinceramente, eu esperava um reencontro menos...incomum. - Ele disse sorrindo levemente.
- Sinceramente, eu nem ao menos esperava um reencontro. - Sua voz saiu mais fria do que pretendia.
Caminhou até ele, encarou-o por alguns segundos, antes de falar novamente.
- Com licença, você está apoiado no meu armário.
- Perdão mademoiselle. - Afastou-se fazendo reverência em direção ao armário. - Incrível como o Sr. Meinerz ainda exerce profunda influência no clube...por cinco anos eles mantêm um armário inutilmente trancado.
- Papai é um dos melhores sócios desse clube, se não fosse por ele isso aqui não seria nem a metade do que é. E em relação ao 'inutilmente'... - Repetiu em tom de deboche. - nada é inútil quando o nome Jennifer Meinerz está envolvido! - Arqueou uma sobrancelha e lançou-lhe um olhar de importância.
- Uau, humildade hoje e sempre, hein. E preciso dizer, que estou impressionado como ela se desenvolveu nesses anos.
Ela abriu a boca para responder-lhe, enquanto, juntamente, abriu o armário, mas a voz travou em sua garganta e logo, foi embora, para bem longe. Na porta, recém aberta, havia fotos coladas na parte interna, elas mostravam um casal que parecia incrivelmente feliz, além de bilhetinhos adolescentes, de amor. Por impulso fechou a porta instantâneamente, causando um estrondo, que ecoou pelos corredores desertos. Lembranças invadiram a mente de ambos, provocando-lhes alegria e dor ao mesmo tempo. Jen ficara pálida, e após recobrar a consciência decidiu que precisava sair de perto dele, naquele momento.
- E..eu vou..me trocar. - Saiu em direção ao banheiro feminino, o qual ficava há alguns passos à direita do local onde estavam.
Eric encheu as bochechas de ar e soltou-o demoradamente enquanto passava a mão pelos cabelos, seu típico ato de preocupação.

Seu idiota, porque você simplesmente não desaparece? - Pensava e simultâneamente procurava por sua blusa de ginástica na bolsa apoiada sobre o banco.
- Você vai continuar fugindo, como sempre fez? - Escancarou a porta agressivamente.
Ela, deu um grito de susto, e atrapalhadamente tentou cobrir o corpo semi-nu, coberto apenas pela calcinha e o sutiã, com a blusa que finalmente achara. Não havia nada que a deixava mais irritada quando era pega desprevenida, em qualquer situação.
- O que você pensa que está fazendo seu idiota??? Sai daqui agora!!! - Disse furiosa.
- É...puxa...- Olhou demoradamente para ela, hipnotizado. - É... Não! Eu não saio daqui até você me responder. - Retomou a firmeza na voz e olhou-a diretamente nos olhos, desafiando.
- Responder o que seu maluco?
- Porque você fugiu? Há cinco anos atrás, porque você, sem nenhuma explicação desapareceu de repente, sem nem me avisar? - Perguntou enquanto se aproximava dela.
- Ora, você sabe muito bem, não se faça de tolo. Eu tinha que pensar no meu futuro. Minha mãe me deu a escolha de ir fazer faculdade na França e eu nem ao menos hesitei. Você não acha que eu deixaria passar uma oportunidade dessas para ficar aqui, alienada, vivendo um amorzinho juvenil sem futuro, não é? - Ela continuava encolhida, com a blusa sobre o peito, mas nem se deu conta.
- Mentira. Mentira. Eu nunca engoli essa histórinha. Quando os boatos chegaram até mim, eu tive certeza que você havia mentido. Eu sei que aquele amorzinho juvenil significava muito pra você, pra nós. - Agora, estava perto o suficiente dela, conseguia sentir suas respirações indo de encontro uma a outra, de forma que o torturava.
O olhar deles se encontrou. Formou-se uma mistura de raiva e desejo entre ambos. Sem mais forças para resistir, Eric tomou-lhe a boca, fazendo-a soltar um gemido baixo, relutante, enquanto a puxava contra seu corpo , firmemente. Jennifer amoleceu, cedeu. Ele a soltou, deixando-a atordoada. Por um momento ela esqueceu onde estava e o que fora fazer ali.
- Viu? Isso prova o quanto você mentiu...você ainda sente algo por mim.
Ela o encarou, confusa, antes de voltar à Terra. Em seguida colocou a blusa, e o empurrou, livrando o seu caminho até a bolsa, onde pegou um short e o vestiu.
- Rá, rá! Havia esquecido dos seus dotes humorísticos. Sou assediada, agarrada, violentada à força, e obrigada a ouvir que 'ainda estou loucamente apaixonada por você'. - Tentou imitar a voz dele. - E, a propósito, eu não menti. Você mentiu. - Sentou no banco para calçar os tênis. - Como foi sua virada de ano há cinco anos atrás?
Deu-se uma pausa. Alguns segundos de silencio.
- Foi a pior de todas. Você me deixou lá plantando, eu fiquei super preocupado, e só no dia seguinte fiquei sabendo por outros que você estava há milhas de distância e...pera aí, não muda o foco. Você e sua mania de transferir a culpa para os outros. Como assim eu menti?
- O quê? Não vai me dizer que você esqueceu. - Disse da forma mais irônica possível. - Ah, duvido. Tenho certeza que a Gigi não ia deixar isso acontecer. - Mostrou-lhe seu sorriso mais amigável.
- Você tá falando da Giovana?
- Bingoooo!
- Ah, pera aí, não vai me dizer que ela foi o motivo daquilo tudo. Porque foi sempre assim, de dez brigas nossas, em nove ela era o problema. Incrível como você tinha o poder de focar suas energias nela. - Falou impaciente.
- Boa jogada lindinho. Quase me convenceu. - Levantou e ajeitou sua bolsa no ombro. - Bom, agora eu vou focalizar minhas energias nos aparelhos de ginástica. Já perdi tempo de mais ouvindo bobagens.
Virou as costas e encaminhou-se à porta com sua pose de poderosa. Ela adorava fazer aquilo no meio de discussões. Era como sentir um doce gosto de vitória e vingança, ao mesmo tempo, em sua boca. Era seu vício. Eric ficou alí com cara de taxo. Sempre que ela fazia isso o deixava sem poder de reação. Ela lançava seu feitiço e Bum!, desaparecia. Mas ele voltaria a procurá-la, seu interesse em tirar aquela história a limpo era incrivelmente imenso, para seu desespero.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Meninas que transam no primeiro encontro? O que você acha?


Este assunto já causou e ainda causa bastante polêmica! Pois que ela continue sendo causada. E o melhor jeito de abordar o tema é adquirindo informações diversas, vindas de várias fontes do mundo adolescente, afinal ninguém melhor do que eles para serem questionados sobre algo pertencente ao próprio mundo. Então que seja feita a bendita pergunta:

O que você acha de meninas que transam no primeiro encontro?

O que ELAS acham:

Tâmara: Acho que é uma total falta de respeito consigo mesma, a menina não se dá valor!

Débora: Bom, garotas que transam no primeiro encontro querem mostrar serviço. Mostrar logo de cara o melhor que elas oferecem, tentam conquistar na primeira noite e se for preciso transar, que seja. Isso é tão ridículo... Mas mais ridículo ainda é transar por transar 'ah faz tempo a última' ... São esses tipos de meninas que fazem nós mulheres sofrermos com piadas e carinhos atrevidos, já que todos pensam que somos iguais. Somos diferente, pensamos diferente e agimos diferente. Graças à Deus.

Lauana: Eu acho que vai de cada menina. Se ela se acha segura, tudo bem, mas não é uma coisa que acho certo.

Lara: Acho ruim. Transar se faz com alguém que a gente gosta de verdade, mas eu sei que daqui há algum tempo nós adultas vamos transar no primeiro encontro, pois acho que os adultos não têm preconceitos em relação à isso, devido a maturidade isso se torna uma coisa normal do dia a dia, ao contrário de agora, que somos adolescentes, e achamos um horror as meninas que fazem isso!

Beatriz: Eu acho extremamente relativo, depende muito da situação. Se você é bem resolvida, está com vontade, e rolar, não tem problema, só que tem que se arcar com as consequências, como por exemplo o cara acabar te vendo como 'alvo fácil' e te desvalorizando... Mas eu acho que temos que ser espontâneas... então sei lá, se você estiver afim e os dois tiverem maturidade o suficiente pra encarar uma noite de sexo como uma coisa desse mundo (que é!), não tem problema nenhum. Sexo é bom e faz bem pra saúde.

O que ELES acham: 

Pedro: Tipo, acho que depende da menina e do clima, se eles tão ali se curtindo, eles sabem o que podem ou não fazer, não vejo mal nenhum.

Fábio: Acho muito vulgar quem faz esse tipo de coisa. O sexo deve ser feito quando há amor e já conhecemos o  parceiro, impossível de acontecer já no primeiro encontro.

Gabriel: Se o primeiro encontro for com um estranho, que nunca viu na vida e tá conhecendo naquele momento: fácil. Se for entre pessoas que se gostam de verdade, tudo bem. Mas se for por diversão, daí já são vadias.

Marcus: Acho que assim elas conseguem o que muita guria quer: homem correndo atrás e faminha. Só que quando conseguem, acho que elas nao gostam muito da fama né, é guria que ninguém quer, descartável, e só faz tu querer encontrar uma diferente, o que é artigo de luxo no "mercado" hoje em dia.

Bruno: Se as pessoas já se conhecem há algum tempo, eu não vejo mal. Mas se acabaram de se conhecer e já foi pra cama, é arriscado. Eu não tiro conclusões, minha opinião é que elas são "maduras" pra fazer essa escolha, mas um pouco irresponsáveis por não saber com quem estão indo.



Opiniões diversas e distintas, mas em resumo todas canalizam a uma única conclusão: que essas meninas são consideradas fáceis, e correm grande risco de serem desvalorizadas. Mesmo que façam isso com a melhor das intenções e não sejam esse tipo de garota, essa é a realidade. É dessa forma que a grande maioria vai pensar. Mais do que nunca temos que tomar cuidado, e nos preservar meninas!

domingo, 6 de junho de 2010

E foram felizes para sempre???

 Século XIX

- Ó minha Princesa, a procurei por toda parte! Entrei em desespero ao pensar que alguma coisa poderia acontecer à ti. E seria minha culpa, por ter chegado tarde de mais! - Falou o Príncipe, enquanto segurava amorosamente as mãos delicadas de sua amante.

- Oh, Lancelot, não te preocupes mais, eu estou bem! - Disse docemente, antes de deleitar-se nos braços daquela figura viril, que tanto transmitia-lhe proteção.

Os dois beijaram-se apaixonadamente. Lancelot ajeitou sua Princesa em seu cavalo branco, e os dois partiram em direção ao castelo. E foram felizes para sempre!


Infelizmente, príncipes em cavalos brancos não existem meninas. Sejamos francas, quem nunca teve aquele momento de esperança, achando que ele chegaria e finalmente aquele tão sonhado beijo apaixonado aconteceria? Mas não nos martirizemos. Sonhar, às vezes é bom. Às vezes.
Vejo pessoas se apavorarem e me acharem estranha quando digo que nunca me apaixonei na vida. Não que não tenha aparecido alguém que não valha a pena, mas diga-se de passagem: poucos, muito poucos, é possível contar nos dedos de uma só mão, e ainda torcendo para essa mão não ter um ou mais de seus dedos amputados. Apenas não apareceu aquele alguém, com um diferencial, que me fez balançar. Eu até arriscaria dizer que o dia que isso acontecer vai ser um marco histórico.
Bom, não posso esquecer de relatar também que aquela história "de nosso amor em uma cabana" (como diria minha amiga Duda) é calúnia. O amor não sobrevive por sí só. Ele precisa ser regado com perfume, creme dental e flúor, talco para os pés e afins. A realidade pode ser dura, às vezes. Ou pelo menos a minha é!
O fato é que, anos de abstinência amorosa me fizeram perder a credibilidade nos homens.  Eu simplesmente não confio mais neles. Nossa, que trágico! Pois já é complicado até mesmo confiar em mim, imagine então nos outros, ainda mais sendo homens. E aquele papo 'você é linda e blá, blá, blá' nada mais passa de 'torne-se mais uma na minha lista'. Vale lembrar que não os generalizo, apenas tenho um imenso desprezo por aqueles que não prestam. O tipo 'galinha, é o pior e mais desprezível. Isso me lembra que já passa da hora de eu atualizar minha resposta para aquela tão questionada pergunta: "Você tem algum tipo de preconceito?". Agora a resposta é sim.
Provavelmente muitos podem descordar de mim em relação a esse assunto, entretanto sinto-me muito bem com a capacidade que tive de construir um escudo ao meu redor. Pois de uma coisa eu sei: Jamais me permitirei sofrer por culpa de um homem!


Século XXI

- Ó minha Princesa, a procurei por toda parte! Entrei em desespero ao pensar que alguma coisa poderia acontecer à ti. E seria minha culpa, por ter chegado tarde de mais! - Falou o Príncipe, enquanto segurava amorosamente as mãos delicadas de sua amante.

- Histórias são muito lindas e perfeitas, mas volte para elas... 'Lancelot'! - Pronunciou seu nome em tom de deboche.

- Perdão? - Um súbito apavoro percorreu as veias do Príncipe, tal como o sangue que entre estas, passam.

- Ó Lancelot, é uma pena, é realmente uma pena, que homens como você existam...- Ela levou a mão ao coração, enquanto pronunciava as palavras em tom de sofrimento. -...apenas em histórias!

- Creio que suas falas estão equivocadas. Talvez lhe foi dado o script errado! - Disse ele, com uma esperança que transparecia no olhar.

Soa a buzina de uma mercedes branca. Um homem muito atraente ocupa o lugar do motorista.

- Foi mal aí bonitão. Mas a estória da vida é outra! Meu namorado chegou, preciso ir, vamos ver quanto tempo dura todo esse amor...- Saiu em direção ao carro, rindo. - Ó Robert, você veio! Trouxe meu chá gelado? Obrigada.

O carro partiu. E eles foram...ahn...felizes para sempre???

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lamúrias sob o luar.


Ela subia o segundo degrau quando de repente parou e, voltou correndo, em direção a uma pedra, sentindo a areia fofa escorregar por seus pés.
- Adrianna, o que você está fazendo? Nós deveríamos estar à caminho de casa há muito tempo.
- Eu não quero ir para casa, ainda é cedo! - gritou enquanto continuava correndo.
Alcançou seu alvo, sentou-se,  e ficou satisfeita ao sentir seus pés mergulhados na água fresca e límpida.
- Ade...- chegou esbaforido. - Você está maluca? Precisamos ir...- recuperou o fôlego. - Já são 3 horas da manhã!!!
Ela olhava fixamente para a água, que fazia movimentos suaves, cobertos pelo manto prateado da lua. Seu olhar era de tristeza. Sempre que bebia, mesmo pouco, ela ficava mais impulsiva e sentimental.
- Então, você vai conversar comigo ou eu vou ter que tentar advinhar qual é o seu problema. - disse suavemente enquanto se sentava ao lado dela. - Acredite, eu não vou perder meu tempo fazendo isso! Você tem agido tão estranhamente esses últimos dias.
- Ai, não é nada...é só um momento ruim, todos têm.- falou impaciente.
- Concordo, todos têm. Mas você sempre resolve tê-los quando eu estou por perto. E agora eu te dou duas opções: ou você conversa comigo, e eu tento te ajudar, ou vamos embora.
- Não! O último lugar que eu quero ir agora é pra casa.- ela fez uma pausa de alguns segundos. -E você não vai entender, ninguém vai, nem mesmo eu me entendo.
- Talvez se você pelo menos tentar explicar...- pegou a mão dela e começou a acariciar. - Vamos lá, você sabe que pode confiar em mim!
- Eu sei Zack, eu sei...- soltou um longo suspiro.- ...é estranho sabe, é ruim.- pensou por algum tempo.- Você... por acaso... já se sentiu perdido, tão perdido, com um vazio tão grande dentro de sí, mas tão grande que faz você perder totalmente as forças, e querer desistir? Eu sinto que a minha vida está uma completa bagunça, sabe, tudo completamente fora do lugar, e parece impossível arrumar essa desordem. - uma lágrima escorreu por seu rosto.
- Pode até parecer, mas não é impossível. E eu, definitivamente, posso dizer isso. Passei 2 anos praticamente vendo minha mãe morrer aos poucos...quando descobrimos o câncer foi um choque terrível e, enfim, você esteve o tempo todo comigo, você lembra, eu disse que prefiria ter ido junto com ela, quis desistir de tudo, da vida... mas você me fez perceber que eu devia encarar os problemas e não adiantaria fugir, pois eles só se agravariam. Agora isso vale pra você. - enlaçou seu braço em volta do pescoço de Ade e beijou-lhe a testa.
- É eu sei, mas é tão difícil encarar tudo. Às vezes fugir parece a melhor opção.
- Se fosse fácil eles não se chamariam problemas, Ade. Eles são um bom exemplo para provar o quão forte uma pessoa é, o quanto ela consegue aguentar. E pode ter certeza que eu vou estar sempre aqui do teu lado, te ajudando a segurar as pontas. Assim como um dia você fez comigo.
Eles se olharam. Ela deu um sorriso meio desanimado. Mesmo com aquela feição ela continuava linda. Naquele instante as mechas douradas misturadas ao resto do cabelo castanho de Ade refletiam a luz da lua, e seus olhos, de um verde intenso, brilhavam, umedecidos por lágrimas. Ela estava tão vulnerável naquele momento. Quando Zack se deu conta, seus lábios levaram deliciosos e longos segundos juntos aos de Ade.
Após afastar-se e olhá-la, ambos sorriram.
 - Bom, já passou da hora de eu levar a senhorita para casa. As coisas estão realmente melhorando aqui, mas você sabe, que infelizmente, temos que ir.- levou a mão de Ade até sua boca, dando-lhe um demorado beijo. - Vamos?
- Hmm...- mexeu o pé lentamente, afim de sentir aquela sensação que tanto adorava, da água acariciando seus pés. - Vamos...-sussurrou quase que inaudível.
Os dois sairam da pedra e, abraçados, começaram a caminhar em direção à escadaria.
- Eu odeio ver você assim, triste. Você sabe que eu vou fazer de tudo para ver o contrário, mas você precisa me ajudar...se ajudar também! Não quero mais saber desse papo "quero desaparecer desse mundo cruel", ok? Se bem que eu duvido que essa tristeza perdure por muito tempo. - os cantos da boca de Zack se curvaram em um sorriso misterioso.
- Ah, é? Posso saber o porquê? - olhou-o curiosa.
- Porque agora que nós vamos voltar a namorar, vai ser impossível você ficar triste!
- Ué, que estranho, eu nem mesmo fui questionada em relação à isso.
- Eu não sou homem de perder tempo com perguntas as quais eu já sei a resposta.
- Hmmm, e eu aposto que você também é um homem cujo o sobrenome é humildade, hein! - riram.
Durante os poucos passos de distância que faltavam até a escadaria, mantiveram seus lábios quentes e úmidos, unidos.
Enquanto subiam as escadas, Adrianna travou.
- Zack...- falou enquanto direcionava um olhar vago para o nada. - É uma pena que não sejamos equipados com o sistema on/off, não é mesmo?

domingo, 23 de maio de 2010

Helton Luiz, um exemplo, uma história!


Dias atrás eu e minha turma de jornalismo tivemos um bate-papo excepcional, com um profissional da àrea, o repórter esportivo Helton Luiz.
É incrível o quanto uma pessoa nos pode acrescentar, ainda mais quando o assunto tratado diz respeito à profissão que desejamos seguir.
Ouvimos várias histórias do cotidiano de Helton, o que nos permitiu ter uma noção de como é o dia-a-dia de um repórter esportivo. Histórias estas um tanto humorísticas, tendo em vista que contadas por ele adquiriram um ar cômico. Mas uma delas, em especial me chamou a atenção, e me tocou profundamente.
Era a história de um menino, de classe baixa. Seus amigos cheiravam cola, ele vivia entre eles, mas nem por isso também cheirava. Enquanto os amigos tinham uma bicicleta toda incrementada, ele tinha a mais simplesinha; enquanto os amigos tinham o tênis da moda, ele usava Kichute. Além de problemas financeiros, havia o alcoolismo do pai, este, sempre que bebia descontava no filho e na esposa. Um dia, esse menino ficou dois dias sem ir para aula, da tamanha surra que havia levado. Se me lembro bem, o nome dele é...Helton Luiz!
Esta história nos foi contada com o intuito de reforçar os princípios, por Helton estipulados em sua vida: Eu quero, eu posso tornar meus sonhos realidade!
E aquele menino, que nasceu na cidade de Seara, SC, é hoje uma pessoa querida, divertida, que jamais deixou se abalar, e sempre batalhou para tornar seus sonhos realidade. Tanto o fez, que conseguiu seu primeiro emprego na área  na rádio local da cidade (rádio Belos Montes AM). Depois foi para a Rural AM, cidade de Concórdia, SC. Lá mesmo trabalhou na 96 FM, duas rádios muito fortes em audiência no oeste catarinense. E então colocou na cabeça que iria se mudar e trabalhar em Florianópolis. Dito e feito. Chegou na Guarujá AM e finalmente na CBN.
Atualmente está na CBN, Atlântida FM, faz matérias especiais na RBS TV, no jornal Diário Catarinense, também na TVCOM, e o ClicRBS sempre utiliza algumas matérias de Helton no site.
Após trabalhar 10 anos com jornalismo, Helton, agora, pretende dedicar mais tempo de sua vida às artes cênicas e alguns projetos que tem em mente. Não me resta dúvidas que ele atingirá seus objetivos.
Às vezes é importante ouvir histórias como esta, de pessoas que estão perto de nós. Com certeza nos faz ter muito a refletir!
Obrigada Helton!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vida de blogueira!


Estou apenas na primeira fase de jornalismo, e por que não começar a botar em prática desde já o que farei profissionalmente? Pois é, diante essa pergunta resolvi fazer minha primeira entrevista. Ainda há muito o que aprender, mas é praticando que se aprende.
A escolhida foi minha colega de faculdade, Jhenifer Pollet. Ela é blogueira há dois anos, colunista na revista Its e foi convidada para escrever um conto, o qual será  publicado em um livro ainda este ano. Segue abaixo minha pequena, porém não menos interessante, entrevista:

Eu: Jheni, porque você resolveu fazer um blog?
Jheni: Bom, primeiro eu queria mostrar o que eu sei fazer. E também na época de colégio meus amigos diziam que eu escrevia bem e deveria fazer isso, para todo mundo ter a oportunidade de poder ver o que faço.

Eu: Os seus textos foram copiados e postados em outro blog. Como foi para você decidir parar de escrever após esse ocorrido?
Jheni: Foi horrível. Pois logo no início do blog eu tive um bom retorno, mas mesmo assim resolvi parar e, dois meses depois criei outro blog.

Eu: Qual foi sua reação e o que você sentiu diante a declaração de sua primeira fã?
Jheni: Foi maravilhosa. Ela me mandou um e-mail elogiando meu trabalho, e eu estava numa fase ruim da minha vida, depressiva, estava mal no colégio, estudando pro vestibular... eu queria parar de escrever, mas isso foi muito importante, pois reacendeu minha vontade, me deu um novo ânimo.

Eu: Você acha que evoluiu em relação à escrita e desenvolvimento de ideias?
Jheni: Com certeza. Evoluímos a cada dia!

Eu: Pretende escrever um livro?
Jheni: Sim, até já comecei. Não tenho nenhuma data programada ainda, a hora que tiver que ser, será!

Eu: Em que área de jornalismo você gostaria de trabalhar?
Jheni: Em revistas ou jornais. Eu sou um pouco tímida para apresentar na televisão, mas quem sabe...

Eu: Quem dá mais força, mais te incentiva?
Jheni: Tem duas pessoas. A primeira é minha vó, e a segunda é meu namorado.

Eu: Sei que você tem interesse por outras línguas. Pretende escrever em uma outra linguagem?
Jheni: Talvez, em francês. Pois eu adoro a língua e minha família tem origem francesa.

Eu: Tem alguma emissora, algum lugar em que você pretende, gostaria de chegar?
Jheni: Agora eu to na revista Its. Mas eu adoraria trabalhar na Capricho, e como eu já fiz teatro, quem sabe um programa voltado para os adolescentes.


Eu: O quê você falaria para incentivar os iniciantes e futuros blogueiros?
Jheni: Se eu comecei uma ideia que não tinha futuro, digamos assim, porque os outros não podem? A pessoa tem que começar por sí, batalhar. Não desistam nunca, a melhor profissão é o jornalismo!

Agradeço a Jhenifer que me concedeu a entrevista em nosso intervalo de aula, no qual enquanto eu perguntava, ela dividia o tempo respondendo e comendo seu sanduíche, além de nossos queridos amigos Karen e Pedro estarem "ajudando". Mas no final, deu tudo certo, isso que vale!

Blog: http://guriasmulheres.blogspot.com/

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Chove chuva, sem parar!


Ontem foi aterrorizante aqui em Florianópolis e regiões próximas. A chuva despencava torrencialmente, parecia não querer parar. Nunca me senti tão assustada. Trovões tão estrondosos, como eu nunca havia ouvido antes.
Eu acredito que tudo isso que está acontecendo no mundo é sinônimo de ignorância. Estas catástrofes se intensificam cada vez mais, por culpa do homem, que não se preocupa nem um pouco com o mundo onde vive. E os que se preocupam é possível contar nos dedos de uma só mão.
O homem destrói florestas, polui o ar, a água, suja o meio ambiente. Como não esperar uma reação? Tanto é sugado, e tão pouco se cuida. As pessoas vivem alienadas demais em seus casulos para terem tempo de se preocupar com o meio ambiente. Afinal é tão mais fácil jogar o papel de bala no chão ao invés de segurá-lo até encontrar uma lixeira; é tão mais fácil prolongar nosso banho quando está  frio, para ficar sob a água quente; é tão mais fácil lavar a louça com a torneira aberta.  E é tão mais fácil ser ignorante!
O triste é saber que as coisas vão continuar como estão. Porque simplesmente as pessoas não sairão de seu estado de alienação da noite para o dia.
E enquanto isso o mundo chora, torrencialmente, e grita, estrondosamente.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Melrose Place, the best TV show ever!


Guys, I have to say...Melrose Place is the most perfect serial ever. I totally love that. Too bad the first season ended, all I can do now is wait for the second one! Do you guys want an excelent advice? I going to tell you, anyway. Download it as soon as possible, I can be sure you are going to love it, if you're not...OK, actually that's like impossible honey bunnies. And another advice (enjoy it, it's free), if you want to improve your english, watching this kind of stuff and derivatives will really help you. The english stucks in your head and it comes out of your mouth naturally, that's magical.

So let's talk about the incredible story: first of all Melrose Place is a drama show, however with comedy and romance too. It's about a group of young adults living in a West Hollywood, California apartment complex. Obviously a lot of cool things happen.
The characters: Ella Simms (Katie Cassidy) is somehow the main, and particularly the best (she is my favorite), she is a high-powered publicist, her most amazing phrase: "I love the love, just hate monogamy" (that's kinda funny), she is totally self trust and have a crush on Jonah Miller, who loves Riley Richmond (who acts as a tipical good girl that goes to heaven, don't like her). Jonah is such a cool guy but a totally jerk when get involved with Ella. Lauren Yung is a medical student, she and David Breck (the cutest and coolest guy ever) are such the perfect couple, they are very cute together. David is rich, that's what he does: being rich and also some wrong things. Later, in the end of the first seasion, he owns the trendy restaurant Coal, which is the 'point' of all of them. So, these five guys are the most important in the show.

Here is the link where is avaiable all the 18 episodes of this wonderful TV show.
Have you ever heard to talk about something that caught your attention like every single second?
That's Melrose Place. What are you waiting for?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O todo poderoso Timão???


Para onde será que foi todo esse poder?
Sinceramente, não tenho mais forças para demonstrar tristeza nas derrotas do Corinthians. E tenho pena daqueles torcedores que choram, se descabelam, sofrem, enquanto os jogadores são tratados à pão de ló. Reflitam comigo: enquanto muitos estão lá na arquibancada, em baixo de sol, chuva, no meio da muvuca, os jogadores, assim que acaba o jogo, vão tomar uma ducha quentinha, ou seja lá o que eles fazem, e a maioria dos torcedores vai embora triste, sofrendo, desiludidos...coitados.

Neste ano, no dia 1º de setembro, "o Sport Club Corinthians Paulista, o time mais popular de São Paulo, completará 100 anos", porém, infelizmente, '100 libertadores', fazer o quê.
Eu já torci para o Flamengo, Vasco, Palmeiras e,  há alguns anos eu sou corintiana (com orgulho). Não pretendo deixar de ser, pois foi uma escolha minha, e em relação aos outros times eu era apenas uma criança quando 'achava' que torcia para eles. O jeito que eu comecei a gostar do Corinthians foi um tanto diferente. Uma vez uma amiga me emprestou uma touca, depois de usar fiquei sabendo que era do Corinthians, instantaneamente, comecei a gostar do time e assim, me tornei uma torcedora.
Nunca fui fanática por futebol, para falar a verdade às vezes acho irritante, pois parece que é o único esporte interessante aqui no Brasil. Mas de vez em nunca até que eu vou em algum jogo ou acompanho pela tv.
Agora só me resta ter esperar uma oportunidade para comemorar as próximas vitórias do Timão. E acredito que os torcedores não querem apenas ver vitórias, e sim um time de verdade, unido, que mostre um bom futebol!

Mas não interessa, ganhando ou perdendo o Corinthians vai sempre ser o que é: o todo poderoso Timão!
E como diz um dos cantos: "Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo!!!"
Ah, e com certeza eu não sou um dos melhores exemplos de torcedora, mas pelo menos enxergo a realidade.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Run away from your nightmares.


Laine correu. O mais rápido que conseguiu. Estava desesperada, amedrontada, não teve coragem de olhar para trás. Estava escuro, se orientava apenas pelos poucos raios da lua, que penetravam por entre as àrvores. Sua energia se esgotava, quase já não sentia mais suas pernas. Tropeçou num arbusto, bateu com o lado direito do rosto na terra úmida, a qual deixou à ela e seu vestido num estado ainda mais deplorável. Este passara à trapos, nem mais um vestido era. Não, não, ninguém vai me pegar...você nunca mais tocará em mim! Levantou num pulo e pôs-se a correr novamente, tão agil, de forma surpreendente tirou forças de onde não havia mais. Sua respiração era ofegante, o ar que lhe entrava pela boca passava cortante por sua garganta, já seca. Momento ou outro era esbofeteada por galhos de àrvores e plantas que encontrava no caminho.

Subitamente sua mente inundou-se por lembranças de sua infância. Ela tinha apenas 6 anos, parecia uma bonequinha, com seus cachinhos dourados e aquelas mãozinhas ágeis, que costumavam manusear constantemente lindas bonecas. Na hora de dormir, eram as histórias do pai que embalavam seus sonhos, mas além disso, era essencial que ele ajeitasse seu cobertor e lhe desse um beijo na testa, era como se fosse um ritual, seu mais doce ritual. E quando queria um colinho materno, bastava fazer manha que lá estava ela, acomodada no colo mais reconfortante do mundo.

De repente notou uma luz forte logo à frente, a cada passo a luz se intensificava mais e mais. Laine já não podia suportar, tudo começou a girar, suas forças esmoreceram, estava a ponto de se rastejar quando um clarão a cegou. Viu de relance pessoas, um carro com o farol acesso, luzes, deveriam ser lanternas. Um homem a segurou, evitando que caísse ao chão, ela tentou lutar, gritar, se desvencilhar, mas não tinha forças, sua visão estava cada vez mais indefinida...apagou.
- Senhorita Laine? Senhorita Laine? - Um policial a sacudia, tentando acordá-la, mas não obteve sucesso.
Esgotada, ela embarcara num sono profundo, distante. Lá em seu íntimo, o que mais queria era ser reconfortada pelo colo da mãe e, ouvir as histórias do pai.
- Coitada. Uma moça tão bonita consumida pela loucura. A sorte dela é seu marido, jamais cogitou a ideia de mandá-la a um sanatório. - Comentou uma policial, que também cuidava do caso. - Deve a amar demais!

Laine acordou assustada. Olhou ao redor, estava em sua cama macia, ouvia o canto dos pássaros, sentia um delicioso aroma de café. Olhou para o lado, uma bandeja repleta de coisas maravilhosas. Levou uma das mãos em direção à um bolinho de chocolate, o qual lhe deu àgua na boca. Estava faminta. Mas sua mão foi travada, então percebeu uma corrente em volta de seus pulsos, presos à cama. Tentou se mexer, soltou um gemido terrível de dor. Seu corpo estava dolorido por inteiro.
- Bom dia, meu bem! Teve bons sonhos? - Perguntou seu marido, com um sorriso sarcástico nos lábios.

sábado, 8 de maio de 2010

No beco das decisões!

Uma noite fria, um beco mal iluminado e um vulto por este passando. Caminhava lentamente, usava um sobretudo preto e um chapéu, sua mão esquerda escondia-se no bolso, a mão livre levava à boca, em determinados intervalos de tempo, um cigarro.

Eles se conheciam há 3 meses, se viam quase todos os dias na academia. Johnny era um sujeito boa pinta, corpo forte, bem estruturado, cabelos dourados, olhos cor de avelã. Desde a primeira vez que viu Annie, nunca mais a esqueceu. Ele sempre a manteve registrada em sua mente, lá estava guardado cada detalhe, desde seus cabelos escuros, donos de um brilho intenso, à seu corpo perfeitamente esculpido e seus olhos acinzentados, com um toque de mistério.
Eles haviam se falado naquela tarde, conversaram banalidades, ele entrou mais a fundo na conversa, e finalmente ouviu algo que realmente o agradara: ela estaria no Yummy Chow às 8.

Ao deixar o beco, logo se deparou com uma rua bem iluminada e movimentada. Ali estava o restaurante chinês, pequeno, com uma baixa iluminação e extremamente agradável. Romântico.
Ele entrou e pediu ao garçom a mesa do canto da àrea para fumantes. Sentou. Perfeito, seu rosto ficava encoberto por uma sombra; das outras mesas, apenas era identificável uma mão, levando um cigarro, que acabára de ser acendido, à boca.

8 horas e 6 minutos! Ela deve estar chegando... 8 e 18!!! Já é o terceiro que acendo. Só faço isso quando estou nervoso... mas não há motivo algum para eu me sentir assim! À mim em nada interessará este jantar.
Cof, cof, cof. Imediatamente o cigarro foi apagado. Seus olhos fixaram-se na entrada.
Jamais imaginaria que seria possível ela ficar tão mais bonita do que já é.
Annie usava um vestido tubinho de uma só manga, preto, liso e clássico, que modelava maravilhosamente bem suas curvas, e terminava na metade da coxa. Calçava uma bela sandália de salto alto, o que a deixava super elegante. Seus cabelos soltos acariciavam os ombros nus, e os lábios cheios, pintados de vermelho eram um convite à total distração. Logo atrás, entrou um homem, que levava uma das mãos às costas de Annie. O garçom os levou até uma mesa.
Só eu mesmo, um maluco deslumbrado. Afinal quem mais teria a brilhante ideia de ir a um restaurante, sozinho, só para poder admirar a mulher que não lhe sai da cabeça? E o 'melhor': admirá-la com um outro cara. Temo que a insanidade tenha me atingido!

Após Annie e seu acompanhante pagarem a conta e irem embora, esperou 5 minutos e só então foi pagar sua conta, sem a menor pressa. Ao sair do restaunte e dar alguns passos, ouviu uma voz chamar por seu nome:
- Johnny?
Ele sentiu como se estivesse petrificado naquele momento.
Não pode ser!
- A...Annie.- Se virou na direção dela. - Você aqui, quer dizer...eu aqui, não é mesmo? Esqueci de mencionar que sou um grande fã desse restaurante. - Sorriu sem graça.
Annie riu.
- Que ótimo, somos dois! Bem, deixa eu te apresentar, esse aqui é o Victor, meu irmão.



Às vezes é melhor levar um não do que se arrepender por não ter tentado. Principalmente quando não temos certeza que poderemos contar com a sorte!



Dedico meu primeiro conto a meu amigo Janjo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Lady Gaga, uma influência no mundo!

Como pode um ser humano ser provido de tanto talento e competência? É difícil uma resposta para essa pergunta. Gaga simplesmente surgiu de repente, entorpecendo-nos com batidas extasiantes e uma voz incrivelmente poderosa. Ela não veio apenas para revolucionar o mundo do pop, mas sim o mundo inteiro. Não foi à toa que foi eleita a personalidade mais influente pela "Time Magazine" (a qual divulgou uma lista com 100 personalidades), e Gaga, claro, está no topo da categoria dos 25 artistas mais influentes.

Há tempos não se via um artista com um diferencial e uma autenticidade tão grandes. Gaga é tão autêntica que as vezes parece que ela veio de um planeta só dela. "Made in Gaga's Planet". Sua multidão de fãs se multiplica a cada dia, não somente pela excepcional qualidade de seu trabalho, mas também pela personalidade que é. A devoção para com sua carreira, sua música e principalmente seus "Little Monsters" é apaixonante, sempre se empenhando em fazer o melhor.

Sua participação nesse mundo, além de artística, também tem um caráter social. Are you listening to her, Obama? Ela não apenas apoia a comunidade gay, e sim, a defende. É totalmente ativa nessa questão, afinal não esperaríamos outra coisa dela, tendo em vista que este foi o público que sempre a apoiou, desde o princípio de sua carreira, até hoje, mais do que nunca. Nada me espanta ela ter se tornado o maior ícone GLS.

Frente à tantas qualidades e seu maravilhoso dom, não precisa ser vidente para saber que Lady Gaga vai dominar o topo das paradas por um longo, longo tempo...
Definitely Pop Music will never be low brow, so... do you think you can dance?

sábado, 1 de maio de 2010

Animais, sinceridade e confiança!

Como são extremamente impressionantes os animais. Eles possuem uma verdade intensa, sem falsidade, sem maldade, estão sempre dispostos a nos agradar. Os cães são a experiência mais comum por muitos vivida, afinal mais do que qualquer outro animal, são os mais comentados quando se trata dos queridos bichinhos de estimação. É gratificante ver a alegria deles quando chegamos em casa, quando os chamamos para fazer um carinho; quando estamos tristes é íncrivel como eles têm a capacidade de nos ser solidários, é como se dissessem "Eu estou aqui, vai ficar tudo bem!".

É desconcertante imaginar que pessoas tenham coragem de machucar um animal. Aliás, pessoas não, monstros. Muitos são abandonados, como se fossem uma coisa sem importância, mas eles têm sentimentos, amam, choram, sentem frio, necessitam de carinho e atenção. "Animal não é brinquedo, sente fome, frio e medo". Uma vez, fazendo pesquisas na internet li uma frase, a qual achei muito sensata: "Quem bate esquece, quem apanha, não". Anseio por um mundo sem violência, sem diferenças. Aplaudo de pé o trabalho de instituições que se empenham em fazer o maravilhoso trabalho de dar aos animais uma vida mais digna. Um dia vou fazer isso, vou ter minha própria instituição!

"O cão é o melhor amigo do homem!" Está aí uma frase com a qual eu concordo e muito. Um exemplo de confiança e lealdade surpreendente. Eles estão sempre ao nosso lado, não importa o que aconteça. Dificilmente nos decepcionarão intencionalmente, ao contrário dos seres humanos. Como já me decepcionei com as pessoas! Quando jamais esperamos, vêm as famosas "puxadas de tapete", como isso dói, muitas vezes é difícil se levantar. Quem puxa o tapete esquece, quem leva o tombo, não. Mas um dia a gente aprende. Me decepcionei tanto com esse mundo cercado por tanta falsidade, que se tornou extremamente difícil confiar em alguém, antes mesmo de confiar em mim mesma eu penso duas vezes. Mas uma coisa eu tenho certeza: meu cachorro não contará à ninguém os segredos que eu conto para ele, não puxará meu tapete e sempre que eu precisar ele estará do meu lado, feliz da vida!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A realidade explícita dos Postos de Saúde


Hoje, fui a um posto de saúde tomar a vacina de prevenção à gripe H1N1. (Não dói. E os efeitos colaterais, se manifestados, vão de leves dores no corpo à febres e/ou dor no local da injeção, nada grave.) Ao chegar e observar as pessoas que esperavam, lembrei-me de como as diferenças sociais são gritantes. Ali predominava a classe baixa, pessoas humildes. Essa realidade é revoltante, não é justo, como pode existir tanta desigualdade?


Além de tudo isso, a desorganização nesses tipos de sistemas (SUS) é incabível. Ordem de senhas não executadas, informações repassadas diferentemente, longo tempo de espera e por aí vai. Sem contar o atendimento, o qual pude notar, que os usuários eram tratados como se lhes tivessem sendo prestado um favor. Vale ressaltar que há exceções, a moça que me deu a vacina, por exemplo, era muito simpática e querida.


Visto isso, nos resta torcer para nunca precisar realmente depender de sistemas como estes!


Obs: Charge de autoria de Ivan Cabral

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sem dúvida, temos dúvidas!

Quando entramos na universidade partimos para uma outra etapa de nossas vidas, várias coisas mudam: os amigos, as festas, os estudos, e principalmente o grau de responsabilidade. Mais do que nunca passamos a ser responsáveis por nossos atos e decisões, é hora de amadurecer. O colegial ficou para trás, o ínicio de nossas vidas profissionais, para muitos, começa a se desenvolver a partir daí.


Eu, particulamente, não sinto a menor falta dos tempos de colégio. Me vejo na melhor época da minha vida, parece que as coisas estão realmente começando a acontecer. Mas por outro lado, também é um momento bem complicado. Acabei de fazer 18 anos, curso a 1ª fase de jornalismo, o qual havia me decidido desde o 1º ano do ensino médio. Porém agora da certeza restam dúvidas. Será que é isso mesmo que eu quero para minha vida? Será que é a escolha certa? Simplesmente não sei! Mas não me desespero, sei o quanto isso acontece todos os dias com milhares de jovens.
Afirmo que uma experiência profissional, como um estágio, por exemplo, pode ser crucial nessa decisão. Algumas semanas atrás estagiei no programa Ídolos, e foi simplesmente maravilhoso, descobri o que quero, o que se encaixa comigo: Radio e TV, pretendo trabalhar na produção dos programas de tv. Nem ao menos conhecia esse curso, que infelizmente não tem em Florianópolis, mas isso nem mesmo chegar a ser um empecilho, afinal o mais importante eu já descobri: o que realmente quero fazer na minha vida.


Ao longo dos meus 18 anos de vida aprendi que a maioria das dúvidas têm respostas! Ainda bem.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

It's high technology!

Achei interessante poder "materializar" meus pensamentos e opiniões quando isso me passou pela cabeça. Acredito que vou me conhecer melhor a partir de agora. É incrível pensar que um blog visto como um compromisso me fará pesquisar, pensar, e escrever regularmente sobre diferentes assuntos. Quero, a mim, trazer um algo distinto, que faça com que eu me absorva e até mesmo esqueça do resto, como aconteceu com esse primeiro post. Presumo que coisas novas brotarão. Como a tecnologia é incrível!